Resolvi escrever antes que as coisas se percam, embora algumas coisas são bem melhores perdidas do que à vista. Ainda não compreendi muito bem a delicada linha que de vez enquando move-se de um lado a outro do q deve ser deixado, e o que deve ser apenas não expressado, só vivido como consequência direta do que é. Qualquer adjetivo caberia aqui, de intereessante à idiota. Minha primeira observação é esta bola de pelo entalada do meu cérebro que faz eu escrever/desenhar/falar e logo depois me arrepender, enfiando pro fundo de um abismo desses que temos na alma pra que nunca mais volte. Eu me rejeito com muita frequência, me coloco à frente do tiro como merecedora do balaço q eu nem sei de onde vem.
Eu quero ir embora. Esse sentimento constante que me faz querer mudar de mundo às vezes, mudar de corpo, viver completemante esquecida de tudo que já fui ou quero ser, de todos que cruzaram minha existência e não saber dos que estão por vir. Eu acho insuportável estar viva. É como tomar banho de mar com a pele queimada. Já faz tempo que não odeio as coisas, faz muito tempo que procuro tentar entender as pessoas ao invés de mostrar-lhes coisas; parei de me debater na água pra ver se não arde tanto.
Talvez eu veja coisas parcialmente, é bem provável. Não há nada que eu queira e porquê? ................
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"Às vezes, o lugar é indiferente, quando na verdade o que precisamos é fugir de nós mesmos..."
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