sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Resolvi escrever antes que as coisas se percam, embora algumas coisas são bem melhores perdidas do que à vista. Ainda não compreendi muito bem a delicada linha que de vez enquando move-se de um lado a outro do q deve ser deixado, e o que deve ser apenas não expressado, só vivido como consequência direta do que é. Qualquer adjetivo caberia aqui, de intereessante à idiota. Minha primeira observação é esta bola de pelo entalada do meu cérebro que faz eu escrever/desenhar/falar e logo depois me arrepender, enfiando pro fundo de um abismo desses que temos na alma pra que nunca mais volte. Eu me rejeito com muita frequência, me coloco à frente do tiro como merecedora do balaço q eu nem sei de onde vem.

Eu quero ir embora. Esse sentimento constante que me faz querer mudar de mundo às vezes, mudar de corpo, viver completemante esquecida de tudo que já fui ou quero ser, de todos que cruzaram minha existência e não saber dos que estão por vir. Eu acho insuportável estar viva. É como tomar banho de mar com a pele queimada. Já faz tempo que não odeio as coisas, faz muito tempo que procuro tentar entender as pessoas ao invés de mostrar-lhes coisas; parei de me debater na água pra ver se não arde tanto.

Talvez eu veja coisas parcialmente, é bem provável. Não há nada que eu queira e porquê? ................

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Eu tinha uns quatro ou cinco projetos que gostava de colocar a culpa em ti por nunca sairem de dentro da minha cabeça, e agora olhando o modo como tu segura o corrimao da escada num jeito de se esforçar pra subir, não pelo cançasso mas pela mágoa de não gostares do que conquistou, me vem um pouco da tua vida na minha mente, como se a tua mão agarrada à escada me dissesse dos teus projetos que tu conquistou e agora não os ama. Na verdade eu fiquei me perguntado porque tu não é feliz e o quanto de culpa eu tenho nisso. Eu tenho uma carta de umas 4 folhas que me escrevestes quando eu tinha 15 anos, dizendo: "filha te amo" e como gostarias de escrever uma canção pra mim quando eu nasci, mas a canção só dizia "eu te amo, eu te amo, eu te amo". Agora nos meus 23 e acho q sou adulta, não consigo sequer abrir a boca pra fazer alguma coisa pra não ruir minha vida contigo e só fica um pensamento rodando: "eu não te entendo, eu não te entendo, eu não te entendo"...