sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

São expressivas as veias da tua mão, as que correm pelo teu braço, que correm como um rio quando me mostrastes fechando os punhos com força. São cheias as veias do teu corpo, distante e frio. Talvez eu seja demasiado emocional, viciada em sangue que não deixas sair, impedida de falar pelos traços do teu rosto e sufocada por coisa nenhuma. Sufocada pela ausência dos teus olhos enquanto estão em mim. Talvez eu seja viciada em correnteza, ondas e vento.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Bom dia, Porto Alegre

E
u já conhecia a casa, mas era a primeira vez de novo. Tinha cheiro de cachorro e eu perguntava: Minha casa? Às seis e quarenta da manhã o jornal noticiava sobre a cidade que está do lado de fora da porta. Tô aqui, Porto Alegre, a cidade que eu mais vejo de dentro da janela do ônibus e do trem entre estágio, faculdade, emprego e estágio 2. Eu leio algumas coisas pela janela do ônibus que eu gostaria de fazer "Aos domingos somente ciclistas das 6 às 20h" no Bairro Azenha. Por enquanto não dá, tô trabalhando. Morar em Porto Alegre ainda não virou viver em Porto Alegre. As águas do Guaíba só nas amostras do laboratório e todos seus moradores: Scenedesmus, Euglena, Trachelomonas. Só que tudo isso, ainda que torto e rápido, é o que eu queria. É o que eu quero e estou vivendo, na época certa, no lugar certo e com as pessoas certas. A ordem em meio a tanta correria.

A vida vai se estabelecendo aos pouquinhos.

domingo, 24 de janeiro de 2010

apología de lo nuevo, despues de todo

  El sol no termina de caer, son las ocho y este horario de verano me obliga a salir, a quedarme afuera. Lo que quiero es esconderme en la noche para terminar otro día y no puedo, porque afuera hay un sol de luz que me llama y me reprocha mi dejadez. Busco pequeñas cosas que hacer para distraer mi atención de eso que aparece siempre en dias así… una quietud, una falta de señales, un silencio incómodo que temo ser el único en percibir . Ni la televisión, ni la musica en la pc, ni el ruido de las teclas logran calmar este silencio pesado, lento y tortuoso que comprimen mis recuerdos pasados y futuros. Recuerdos que ya no se si son ciertos y eso tampoco importa.
 Ya colgue la ropa, ya trasplante la plantita y no me queda otra que volver a sentarme aquí para plasmar alguno de mis divagues; un simple ejercicio autocomplaciente para insinuar a quien sabe quien mi congenita rebeldia hacia lo incambiable. “lo hecho hecho está” reza una frase hecha que muchos (incluso yo) repiten como autómatas. Pero quizas por estar acostumbrado a la frustración, quizas por inercia yo eligo la rebeldia. Tengo que admitir, y con vergüenza, que la mia es una rebeldia mental, incapaz de accion y soberbia. Podria disculparme diciendo que el objeto de mi rebelión es demasiado grande e involucra a tantos actores… de hecho yo ni siquiera soy parte de esta obra. Una rabia ciega contra el autor y los protagonistas que hacen lo unico que pueden hacer.
 Las horas pasan rapido, los días mucho mas. Estoy lleno de cabalas para asegurarme que no tengo la razón y que esto finalmente es espiralado, y no circular como parece. Esperanza es un bicho verde y perseverante, por suerte...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dois vermelhos estavam na calçada, um aguado do tomate com um buraco e o outro pic pic pic (eu imaginei o som) das patinhas vermelhas do pombo preto. Um rombo no tomate, e as patinhas de vermelho surreal ficavam pic pic no chão e ás vezes o bico alcançava algo. "Por quê ele não come o tomate?" ele deve estar cheio de tomate, "não aguento mais tomate". Aquele rombo foi ele quem fez, comeu as sementes, a casca impregnada com pesticida e adubo químico, vermes se recusariam a ter com o tomate, mas ele fez um buraco enorme e se cansou dele. Pic pic, patinhas caminhando "chega de tomate" mas também não largava da volta do tomate, ficava ali vigiando, não dava as costas por muito tempo. E se ele voltasse a querer o tomate? O pombo certamente se questionou a respeito. por isso ficava ali, pic pic e o bico alcançanco coisinhas bem menores que um tomate, mas um vermelho, mesmo aguado assim, não se recusa facilmente.